quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

My first shark

Estávamos em Manly, de barriga para cima, a tostar sob o sol sem camada de ozono australiano. Fui à àgua e dos altifalantes ouve-se: "Atention people in the beach and in the water. There has been a possible shark sight. Please get out of the water". Eu, que estava a arrefecer-me num belo banho refrescante, saio a correr de dentro de àgua no meio dos gritinhos histéricos das adolescentes. Em 2 minutos a àgua estava vazia.

Claro que 30min depois o calor obrigou toda a gente a arriscar a a vida para acalmar o calor.

Foi a primeira ameaça de tubarão na Austrália. Sinto-me um bocadinho mais Australiana.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

O shopping

Viver numa casa com mais 6 pessoas tem, entre outros, o inconveniente de nao se ter muito espaço nem nas prateleiras, nem no frigorifico. E por isso tenho de passar a vida no supermercado que ja vai sendo a minha segunda casa. Ora nunca me tinha ocorrido (isto vai parecer terrivelmente burguês) que ir às compras de supermercado sem carro e algo muito complicado: ou nao se compra nada ou entao e uma peregrinação de volta, a balançar sabe-se la quantos sacos e a mandar vir "que um par de maos nao chega".
Estas considerações fazia-as eu nos dias em que nao ia de bicicleta e ia as compras com fome (como se sabe ir as compras com fome e receita para asneira): e bolachas, chocolates, "ah vou fazer aqui um pitéu no forno com queijo-molho-manteiga-molhinho-tudo-o-que-tiver-muita-gordura". Acaba-se com vinte sacos, sem ter onde os levar e muitos dólares mais pobre.


Para evitar tais desgraças comeca-se a ir as compras de calculadora na mao. E nao sou so eu: por todo o supermercado se ve os jovens (claro) a fazer contas a vida, com os telemoveis na mao a espreitar os preços. Se quero maçãs vermelhas mas as verdes estao em saldo, entao esta semana so se come maçãs verdes.... Apetecia-te peru? Olha azar, comes frango que esta em saldo (sim ha saldos na comida). Ja comprei iogurte natural porque estava em desconto (coisa que eu odeio), quilos de kiwis porque estavam em promoção (claro que o resultado foi brilhante) e ate atum fumado porque era mais barato que o normal (havia claramente uma razão para ser mais barato). Depois dos cálculos bem feitos e de alguns sacrificios (se cafe solúvel ja e mau, cafe solúvel da marca própria do supermercado e indescritível), segue-se a tarefa mais complicada: levar as compras para casa. E e ai que o pragmatismo australiano entra em acção: nao tens carro? leva o carrinho ate casa. E e assim que os estudantes-emigrantes Europeus, empobrecido por um pais demasiado prospero se vem no papel de quase sem abrigo: a empurrar o carrinho do supermercado pela rua abaixo, a tentar equilibrar um carrinho que nao foi feito para o outdoor em ruas inclinadas, a tentar contrariar a orientação nunca certa do carrinho. Nao e tarefa fácil. Nao e de todo tarefa para fazer sozinha. Por isso as compras de supermercado tornaram-se a outra coisa que as raparigas na Australia fazem aos pares (alem de ir a casa de banho).


A outra solução que ja equacionei e comprar um daqueles sacos que as velhotas carregam para a mercearia. Quando esse dia chegar, eu aviso.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Surf

Ontem fui surfar. Estava meio metrinho, daquele que o Tiago só ia insultar. Começou por estar sol e de repente caiu uma chuva tropical terrível, e foram os relâmpagos que me arrancaram da àgua. A minha remada está uma miséria mas a pranchina, ou Ugly Betty como eu lhe chamo, safou-se muito bem.

Ontem fui surfar... e agora ninguém me pára! (nem os tubarões!)

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Australian oddities #3

Os hobbies. Os hobbies, mais concretamente os desportos, deveriam ser actividades lúdicas. No sentido de nos divertirem, nos fazerem saltar de alegria ou até chorar de emoção. Levados ao extremo, os desportos despertam paixões e até ódios viscerais (como por exemplo o meu ódio de estimação pelo Benfica).

Mas... não para os Australianos. Para eles os desportos tem um significado completamente diferente. Emoção? Ritmo? Rapidez? São as últimas coisas que uma pessoa precisa quando quer é relaxar e beber mais uma cerveja. Porque é para isso que os desportos nacionais Australianos servem: mais uma boa desculpa para beber umas cervejas e fazer um barbeque (eléctrico, entenda-se). Já aqui tinha falado do rugby e da desilusão que aquilo foi. O cricket ao que parece ainda deverá ser pior, com jogos a durar dias e dias que é para maximizar o tempo lúdico da bebedeira. Mas melhor melhor são as corridas de cavalos.

Na verdade esta ideia de ver cavalos a correr chicoteados por homenzinhos de palmo e meio, ambos num esforço suado a lutar contra o tempo enquanto senhoras de figura distinta equilibram chapéus impossivelmente elaborados na cabeça e copos de cocktail na mão, é uma ideia que não nasceu na Austrália. Claramente foram roubar este conceito à terra de nossa Majestade. Mas se eu até consigo perceber a emoção da corrida de cavalos, a dimensão à qual eles elevam as corridas é perfeitamente idiota. O país pára para ver as corridas. O meu professor de economia fez uma pausa para irmos todos assistir à última corrida da época. No restaurante, sentia-se a emoçaõ no ar: tudo de copo de cerveja numa mão, senhas das apostas na outra, a olhar para o ecrã com um sorriso nervosinho. Começa a corrida e...... acaba 10 minutos depois. E é isto a corrida de cavalos. É tipo gratificação imediata: não se sofre durante 90 minutos, não há penaltis, não há match point... não. Soa o aviso, correm os cavalinhos, dão duas voltas ao estádio e pronto já está. Bebe-se cerveja antes, durante e depois das corridas e fica tudo feliz!!

Confesso que continuo a não entender estes hobbies...

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Deloitte InfoConnect

Apresentámos ontem o nosso projecto para a Deloitte. Foi um dia recheado de nervosismo, de hesitações, de unhas roídas porque fomos o último de 7 grupos a apresentar. Da ideia do farmville na vida real acabámos com análise de dados para empresas de telecomunicações para usar a informação que possuem dos consumidores para gerar publicidade location-based numa aplicação num telefone.

Quando chegámosà sala nos escritórios da Deloitte sentimos logo o peso de um acontecimento importante: todas estas pessoas que vieram para ver os nosssos pitches, pessoas importantes com ar de quem põe e dispõe de uma das maiores consultoras do mundo. E nós ali, para apresentar uma ideia na qual não acreditávamos particularmente, mas que era a única que ainda valia alguma coisa.

Um dos meus colegas de grupo passou a tarde toda nervosíssimo enquanto ouviamos todos as outras ideias dos outros grupos. Havia claro ideias mais brilhantes mas também mais estúpidas que a nossa mas se alguma coisa se destacou foi a nossa apresentação: fizemos um vídeo à pressão  para demonstrar a nossa idea que foi narrado ao vivo e foi alto sucesso. O nosso colega lá conseguiu gerir os nervos e saiu-se muito melhor do que aquilo que nós esperávamos.

E pronto, acabou o grande pesadelo do projecto da Deloitte. Fomos logo jantar fora e comemorar que só o facto de termos acabado é já uma vitória!


O vídeo-maravilha

http://www.youtube.com/watch?v=Fj7MJn5qDTw

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

É oficial....

.... começou o Verão. Estão neste momento quase 30ºC e eu estou prestes a começar a pior altura do semestre: ainda tenho dois trabalhos de grupo por fazer e três exames à minha espera (entre os quais finanças- ahh coisa boa!!). Lá em casa, os que trabalham vão passar o fim-de-semana na praia enquanto eu vou estar fechada com o meu grupo a trabalhar no projecto da Deloitte  - o adorado projecto da Deloitte.

A luz ao fundo do túnel são os três meses de férias de Verão que me esperam. E um fim-de -ano no Verão, e os meus anos com calor.Plano de verão: alugar autocaranas e ir por essa costa australiana fora com nenhuma preocupação além da praia onde vamos a seguir e obter um bronze uniforme.

Alguém se quer juntar??

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Australian Oddities #2

Porque é que os australianos adoram andar descalços no meio da faculdade, no meio da rua, em todo o lado?

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Australian oddities #1

De onde vem a paixão dos australianos pelas carpetes??

domingo, 10 de outubro de 2010

Heaps of fun!*

* a palavra que os australianos mais usam, a par de mate e awesome.

Depois de trabalhos de finanças, de começar um podcast (sim, tenho de fazer um programa de rádio) e de escrever um essay (conheci esse bicho estranho pela primeira vez) chegou a altura do spring break, as tão ansiadas férias.

Como o pessoal aqui varia entre os cromos e os que simplesmente não querem nem saber porque isto é o erasmus deles, já andava uma grande parte da minha turma de férias, a subir a costa até brisbane alegremente. Já eu, o meu estado de espírito varia entre o achar que até controlo a situação e o absoluto pânico, e por isso fiquei para trás a estudar e encontrei-me com a turma toda em brisbane.

Sempre tinha ouvido maravilhas de Brisbane: o sol, o calor, a praia mesmo ali ao lado. Eu acho que o encanto de Brisbane advém somente do que tem à volta: a goald coast a baixo e a sunshine coast acima. Parece-me que as pessoas chegam a brisbane tão encantadas com as praias que viram que nem se apercebem da cidade onde estão. Porque brisbane objectivamente, não tem nada de especial: meia dúzia de jardins, uma praia artificial ao pé do rio, um rio que sim senhora até é engraçado, mas nada mais. Inicialmente pensei que a razão fosse o facto de ser uma cidade relativamente recente, como aliás são todas as cidades na austrália: não têm o peso da história das cidades Europeias. Mas na realidade Sydney tem o seu encanto, e tem coisas para ver. Já Brisbane, ao o turista, tem muito pouco para oferecer.

Por isso, dois dias depois estavamos a entrar no avião para Mackay sendo o destino final Airlie Beach. Da grupeta toda que estava em Brisbane só restaram 4 a ir para Airlie Beach; eu, a Rita, portuguesa e estudante do CEMS que está a fazer o seu exchange cá, a Eleni, grega e o Michal, da República Checa. Chegamos a Airlie Beach pela noite e fomos sair para um bar. Imediatamente começo a aperceber-me que estou no meio do Spring Break australiano num sitio de praia e recheado de bares. O ambiente é da maior festa, e sente-se que os estudantes estão todos ali para o mesmo: apanhar sol e esquecer por uns dias as chatices que os esperam em casa.

No nosso primeiro dia em Airlie Beach decidimos ir ver como iriamos passar os restantes dias. Percorremos incansavelmente as agências de viagens à procura dos melhores preços para fazer aquilo que queríamos: ir à barreira de coral e à Whiteheaven Beach. Ora rapidamente me apercebi de duas coisas: primeiro que arranjar bons preços seria impossível (duh, estamos na australia) e segundo, viajar com pessoal da minha turma não é muito fácil (coisa que eu já suspeitava): todos têm uma personalidade fortíssima que se traduz muitas vezes numa teimosia cansativa, e como é lógico, agradar gregos e troianos é sempre difícil. De qualquer das formas, lá conseguimos marcar as coisas todas e arrastámo-nos debaixo do sol do meio dia de clima tropical até à lagoa. Como se sabe na Austrália há mais coisas que nos podem matar por metro quadrado do que em qualquer outro sitio do planeta. E Airlie Beach não é excepção: entre as alforrecas e os crocodilos do  mar (imagine-se!!!) o mais seguro é não meter o pé na àgua, e, por isso, apesar da praia ser muito bonita, com palmeiras a confirmar a atmosfera tropical, acaba tudo na lagoa, uma espécie de piscina com areia (grande desilusão).

No dia seguinte foi dia de barreira de coral. Partimos de manhãzinha e no barco fomos sendo informados dos perigos do mergulho, e depois de respondermos a uma data de perguntas, à Eleni foi-lhe dito que não poderia mergulhar pois tinha tido episódios de desmaio quando era miuda. Muito bem, ficamos reduzidos a 3 mergulhadores. Confesso que a esta altura, depois de exaustivamente nos relatarem os perigos do mergulho e todos os procedimentos de segurança eu começava já a recear um novo episódio de "síndrome-do-pânico-no-túnel-do-vietname", o que debaixo de àgua não ia ser nada giro. Partilho as minhas ansiadades com o resto dos mergulhadores e o Michal, no seu inglês de quem ainda luta com os tempos verbais me diz "No problem It's good". Pois.

Chegamos à plataforma do reefworld onde se faz o snorkelling e o mergulho e começamos logo a vestir o equipamento: uma fato anti-alforrecas, com capucho e luvas, que nos faz parecer uns teletubbies, um segundo fato de neoprene coçado que demora 20 horas a vestir, um cinto de pesos, e a mochila com a garrafa de gás. Com tudo isto às costas, descer os degraus até à plataforma de onde iriamos mergulhar foi um desafio. Na plataforma, uma espécie de piscina no mar, a instrutora lá nos diz para por o respiradouro na boca (à falta do termo técnico é como passarei a descrever aquilo que se põe na boca para respirar). Aquilo fora de àgua não é muito fácil, é preciso fazer imenso esforço para respirar. Pensamento imediato "isto não vai correr nada bem". Mas depois de pôr a cabeça debaixo de àgua aquilo lá facilitou. Muito bem, nervosismo -1. Ainda lá em baixo começamos a treinar tirar a àgua da máscara e do respiradouro . Ora eu a tentar o segundo procedimento, imediatamente engulo àgua e tenho de vir ao de cima tossir. Pensamento imediato "se isto acontece lá em baixo estou feita". Nervoso miudinho retoma aos valores iniciais. Quando damos por iniciado o mergulho, a instrutora puxa-nos para baixo e nós, com os movimentos limitados por um fato de teletubbie e uma camisa de forças de neoprene mais 50kgs quilos as costas, parecemos uns bonecos animados a flutuar meio à deriva. Ela lá nos ajuda a sair da plataforma um a um e nesse momento a visão dos peixes e dos corais faz o nervosismo desaparecer por completo: os peixes não têm medo nenhum de nós, passam-nos por cima, por baixo, mesmo ao lado, e é inacreditavel. A sensação de estar completamente livre debaixo de àgua é o concretizar das fantasias de infância em que brincávamos de sereias. Somos agora verdadeiros seres do mar, a observar de perto as anémonas, a pegar num sea cucumber (uma coisa nojenta, esponjosa e verde) e a nadar livremente.

Depois do mergulho, voltamos a plataforma e fomos fazer snorkelling e depois almoçamos e voltamos no barco para casa. Nessa noite estavamos todos exaustos mas tudo com um sorriso na cara.

No dia seguinte fomos passear na rainforest. Para aqueles lados o clima é de facto tropical e eu senti-me de novo em casa com os dias nublados, as chuvas repentinas, o calor abrasador e a humidade constante (hello Macau!). No passeio da rainforest fomos tomar banho numas cataratas e fomos passear na floresta propriamente dita. Almoçamos numa praia com coqueiros e fomos apanhar uns quantos que o guia abriu e esivamos a comer côcô fresquinho à beira-mar. Na rainforest o guia ia-nos explicando as propriedades e curiosidades de muitas das plantas que encontramos. Vimos a àrvore da noz moscada, aprendemos como funciona o ecossistema da floresta (foi muito pedagógico) e confirmámos a teoria de que de facto na austrália tudo nos quer matar. Nem as plantas brincam em serviço: vimos uma espécie de urtiga que ao que parece basta roçarmos nela que os espinhos que são finissimos ficam presos na pele e libertam uma neurotoxina que nos deixa a gritar de dores durante semanas. E é uma plantinha aparentemente tão inofensiva!

Nessa noite fizemos para jantar wraps de atum, que depois de pagarmos estes cruzeiros todos o orçamento já estava escasso. E como encontrámos uma pizzaria bastante barata andámos a comer pizza o resto dos dias (ainda não consegui voltar a comer pizza).

No último dia em Airlie Beach fomos de novo de barco dar uma volta às Whitsunday Islands com o objectivo principal de ver a tão famosa praia de Whiteheaven Beach e tirar a famosíssima fotografia no miradouro que dá para as moving sands. Começámos por parar numa baía numa das ilhas onde fizemos snorkelling durante mais de uma hora (é impressionante o tempo que se consegue gastar a olhar para peixes.) Depois do snorkelling, voltámos para o barco que zarpou rumo à famosa praia. Se antecipávamos uma praia deserta ao estilo caraíbas, com o areal só para nós tivemos alguma desilusão: o areal de 7km estava povoado de gente que, tal como nós, achou por bem aproveitar o spring break para ir experientar um bocadinho do paraíso australiano. Ainda assim, não sendo aquilo que os postais prometem, a praia é incrível: a areia é tão branca e tão fininha que parece farinha; a àgua é tão azul turquesa que parece que estamos numa piscina e a temperatura só confirma essa impressão. Em Whiteheaven reencontrámos os nossos amigos da turma que estavam lá a acampar, naquilo que é o verdadeiro acampamento selvagem: não há àgua canalizada e por isso a cada pessoa que entra na ilha dão um garrafão de 5lt de àgua por dia que tem de servir para tudo, do beber ao lavar a roupa. Também não há electricidade e por isso, pelo que ouvi, ir à casa-de-banho a meio da noite, no meio dos barulhos dos animais e da escuridão total não é nada fácil.

Depois de almoçarmos na ilha,(um belíssimo barbeque) voltamos para airlie beach não sem antes apanharmos todos um escaldão. Nesse dia era os anos da Eleni pelo que fomos de novo sair à noite. Juntaram-se a nós mais outro grupo da nossa turma que vinha de Frasier Island e ia continuar as suas férias pelas ilhas.

No dia seguinte foi dia de regresso a casa. No entanto, aquela que parecia uma viagem bastante tranquila transformou-se num pequeno pesadelo: quando chegamos ao aeroporto de Mackay, é-nos anunciado que o avião onde era suposto irmos tinha "atropelado" um pássaro no voo anterior e como tal, não sabiam se poderia voltar a voar. Como não havia nenhum engenheiro em Mackay que atestasse que o avião estava bom, tiveram de mandar vir um engenheiro de Cairns, o que demora o seu tempo. Como tal, perdemos o voo de ligação em Brisbane e a Jetstar, esse exemplo espectacular no que toca ao serviço a cliente, não nos pagou o alojamento até ao dia seguinte. Como tal, e visto que já andávamos todos a planear comer atum o resto do mês para poupar dinheiro, acabámos a dormir no aeroporto internacional, onde fizémos um acampamento com os sofás que lá havia.Escusado será dizer que entre a luz fluorescente e os constantes anúncios nos altifalantes pouco dormimos. E eu com uma entrevista para o meu podcast marcada para o dia seguinte mais trabalho de grupo... parece-me que começámos a pagar cedo o preço de uma viagem de sonho.

As fotos não estão por ordem porque o blogger não me deixa, sorry for that mates.




Brisbane 


Praia falsa em brisbane

As cataratas
Airlie Beach
Airlie Beach
Rumo à barreira de coral
O professor de mergulho
A noz moscada tropical


A urtiga demoníaca
A caminho de whiteheaven beach
Whiteheaven beach
Whiteheaven beach
No barco

No miradouro para as moving sands
As moving sands



No nosso acampamento no aeroporto




Ainda em brisbane

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Spring Break

Estive em Brisbane, vim para Airlie Beach. Ontem mergulhei na grande barreira de coral, hoje fui a floresta tropical e amanha vamos a  Whitheaven Beach (google it).

O relato de tudo isto quando eu voltar!

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

All Blacks vs. Wallabies

No passado fim de semana fomos ver a final da Tri Nations Cup, o campeonato de rugby entre a Nova Zelândia, a África do Sul e a Austrália. Para começar, quem é que faz um campeonato com 3 nações?  99% da animação de não se saber quem chega às finais fica logo estragado. Além disso parece que estão a fazer um grupinho à parte "ah e tal bora lá ter o NOSSO campeonato, so os três, que somos especiais...". Bom de qualquer das formas, lá fomos ver o jogo.

O rugby aqui na austrália divide-se em rugby union e rugby league. Aparentemente têm regras diferentes e um nasceu da classe média alta e o outro da classe baixa. Qual é qual, que regras são diferentes, não faço a mais pequena ideia, mas acho que nós fomos ver um jogo de rugby union que aparentemente é o mais comum (ou seja aquilo que nós chamamos vulgarmente de rugby).

O estágio onde era o jogo é o estádio da ANZ que tem uma lotação de 83 mil pessoas (!! qual benfica qual quê), e nesse dia estavam 70,288 pessoas a assistir ao jogo. Quando lá chegamos, depois de uma viagem espantosamente tranquila sem nada dos empurrões e dos palavrões que se espera quando se vai ver um jogo de futebol de metro, ficámos muito surpreendidos pelo facto de os adeptos das duas equipas se misturarem à vontade. Ora estamos a falar de um jogo que seria ao equivalente a um portugal-espanha para o final o europeu (com mais um país...): não só era um jogo decisivo, como era um jogo entre dois países que à partida sentem mais rivalidade que nós e nuestros hermanos. Se assim é bem o disfarçam: durante o jogo está tudo misturado, e se há de vez em quando um maluco que grita por uma das equipas e faz uns gestos menos proprios, durante todo o jogo o respeito é total. Aliàs, se eu esperava que 70 mil pessoas num estádio fosse quase tão ensurdecedor como as vuvuzelas, tive uma grande desilusão: passam o jogo todo caladinhos e muito bem comportados, o que ao contrário de ser um alívio é uma enorme seca.

E depois há o jogo em si: corre corre corre, placagem, tudo no chão, pára, e volta ao inicio. O ritmo é tão lento que as pessoas só se dão ao trabalho de se levantar quando a jogada promete. O que acontece 3, vá, 4 vezes num jogo.

Depois do fim do jogo, eu a antecipar a confusão que seria 70 mil pessoas em debandada, preparei-me mentalmente para o martírio de ser empurrada para dentro do comboio, não conseguir respirar e acabar com um sovaco alheio na cara.... mas não, até nisso demonstram ser civilizados: tudo em filinha indiana para o comboio, tudo caladinho, acho que até as excursões do inatel da terceira idade são mais animadas.

Agora falta ir assistir a um jogo de criquete ( quando tiver muitoooo tempo porque aparentemente um jogo pode durar até uma semana... até nos desportos os australianos são muito laid back)

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

A família, o Uluru e o retomar deste blog

Primeiro tenho de pedir desculpa pela falta de notícias deste blog. A verdade é que a Austrália anda a dar-me mais trabalho do que o que eu esperava e entre fazer as mil e quinhentas leituras semanais (sim, eles acham que nos adoramos ler),  tentar assimilar toda uma panóplia de conceitos de contabilidade em inglês e ainda não morrer de fome ou ceder à tentação de me alimentar de Macdonald's, não sobra muito tempo nem para escrever aqui nem para surfar (sim gente, estou aqui há quase 2 meses e ainda não molhei o cabelo em àguas australianas). Portanto, agora que tenho um tempinho vou relatar a vinda da família e daí para trás contar as últimas novidades.

Então, a família chegou e fomos todos jantar a um nestaurante malaio que há em Sydney chamdo Mamak. Sendo sydney uma cidade para lá de cara e o Mamak sendo um restaurante bastante aprazível sem ser um roubo, há sempre fila à porta. Mas, muito inteligentemente, os donos do restaurante puseram uma montra cá fora com os cozinheiros a preparar o tradicional roti que envolve atirar massa pelo ar, quase como se fosse uma pizza. Isto tem a vantagem de não só entreter o povo como de impedir qualquer pessoa de sair da fila, que com aquela demonstração de habilidade culinária o resultado promete.

Depois do jantar lá foi a família toda ver a minha humilde casinha. (Impressões sobre este assunto terão de lhes perguntar, mas visto que conheceram o papi, só poderão ter coisas boas a dizer). Na vespera de partida para o Uluru voltámos a jantar fora num restaurante alemão com direito a cancioneiro e tudo. E competição de cerveja. Mas da sem álcool que aqui não se brinca com essas coisas.

Chegamos então ao esperado dia de partida para Uluru (para quem tiver dificuldades de pronunciar tal nome, não se apoquentem que se disserem rápido, com sotque inglês e acabar em U, está tudo bem). Acordei às 7 da manhã (algo que já não acontecia há uns tempos) e meio sonâmbula fui dar com a família inteira numa animação exemplar para aquela hora da manhã. Só depois é percebi porquê: à boa moda portuguesa fui-me infiltrar no mundo de croissants, ovos mexidos, bacon e todo um festim de frutas e cereais do pequeno-almoço do hotel, e é coisa para fazer qualquer um feliz logo de manhã. De barriga cheia partimos para Ayers Rock, ou Uluru para os aborígenes.

O tão afamado Uluru é na realidade uma rocha no meio do nada. E que interesse poderá ter uma rocha no meio do nada? A mesma pergunta ia-me bailando na cabeça  à medida que chegamos lá perto para ver o pôr-do-sol. (até porque quando vim para a Austrália, decidida a ser surpreendida por tudo o que visse, não li sobre esta terra). E aí uma pessoa apercebe-se da extravagância da paisagem: no meio de uma planície de perder de vista, sem nada de mais assinalável que meia dúzia de àrvores, surge aquele colosso sobrenatural, de terra vermelha e textura esquisita, e de repente sentimos, como se fosse uma chapada, a força e a grandeza da natureza.
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Mas como so um pôr-do-sol não chega, lá voltámos no dia a seguir para ir ver o nascer do sol: acordar às 5 da manhã, uma correria para chegar a tempo, "frio, frio, frio, nasce o sol, ai que giro, sim senhor a cor é diferente, bora lá para dentro do carro que já quase congelei o pulmão". Voltamos para o hotel e.....fomos dormir mais um bocadinho que isto do turismo também cansa.

A tarde reservava-nos mais rocha, desta vez Kata Tjuta, ou as Olgas para os Australianos bracos. Ao contrário do Uluru, que é um monolito, as Olgas são 36. O mais giro do passeio por lá foi ver um canguru ao pé do riacho. Ao final da tarde, e porque ainda não tinhamos visto o Uluru vezes suficientes, fomos dar um passeio ao pé da base e sentir a energia que supostamente emana da rocha. No caminho para lá passámos pelo trilho que ascende ao topo do Uluru e para minha surpresa muitas pessoas estavam a subir a despeito dos pedidos dos aborígenes para não o fazerem pois aquele é para eles um local sagrado e no final de contas, aquela terra pertence-lhes. Conhecer algumas tradições aborígenes, ver a forma como eles ainda são discriminados, e aperceber-me pela primeira vez da dimensão do problema, foi das grandes lições desta viagem. Os aborígenes são ainda a "pedra no sapato" do governo australiano. A maioria não quer abdicar da sua cultura e mesmo os que querem são ainda cruelmente discriminados. As soluções que foram sendo arranjadas variam entre a aculturação à força, como quando o governo tirou as crianças aos aborígenes por forma a educá-los na cultura ocidental, e o completo desprezo. Em Alice Springs, vêm-se aborígenes meio perdidos, como se não soubessem muito bem o que andam ali a fazer, e se a primeira impressão é de repulsa, pelo seu mau aspecto e ar intimidante, quando se conhece a sua história percebe-se o limbo onde estão, a meio caminho entre a sua cultura e a dos homens brancos, perto de ambas mas sem pertencer a nenhuma. No entanto, o que me ficou na cabeça é a forma como muitas destas pessoas ainda vivem na total comunhão com a terra: dependem dela para comer, não plantam absolutamente nada, vivem da benevolência da natureza, da misericórdia da chuva. Pode parecer paternalista, mas enquanto a maior parte de nós salta à vista de uma cobra, estas pessoas caçam-nas para comer; nós virámos costas à natureza e fechámo-nos em quatro paredes de cimento, eles dormem debaixo das estrelas - a maior parte das pessoas chamar-lhe-ia atraso civilizacional, eu pergunto onde tanta civilização nos levou.

Estas questões filosóficas levantou-as uma ida ao centro cultural no parque natural de Kata Tjuta. No dia seguinte dirigimo-nos para Kings Canyon, passando com distinção a prova de guiar ao contrário (sim também eu) Em Kings Canyon fomos ver, o quê, o quê? Isso mesmo, mais rochas. Fizemos um trekking à volta do canyon, passamos no chamado Garden of Eden que é um fosso no meio da rocha onde crescem espécies do tempo dos dinaussauros e onde turistas vão dar um mergulho. Vimos precipícios de cortar a respiração e voltámos 3 horas depois, exaustos, mas com a clara sensação de que tinha sido a melhor vista até então. Nessa noite fomos jantar e assistir àquele que era, pela descrição de alguém a quem claramente demos demasiado crédito como o "best show in town". Ora há que ter em conta que estavamos no outback e a "town" era na realidade uma rua. Portanto, o "show" era nada mais nada menos que dois velhotes, um a tocar guitarra, ela na percurssão (percussão é elogio, era um pau com uns guizos atados). O Nuno ainda foi fazer um dança com um chapéu de koala na cabeça e por mais que os duo se esforçasse, esse foi o momento mais perto de ser divertido da noite.

No dia seguinte partimos para Alice Springs. Chegámos a tarde e depois de algumas voltas na cidade, meio perdidos à procura do hotel chegámos todos à mesma conclusão: Alice Springs é feio que dói. São as casas de telhados de zinco, com muros de placas de zinco, é o ar de subúrbio meio abandonado, é o ar de desterro sem a parte exótica. Nesse dia chegámos ainda a tempo de....... ver mais umas rochas! Fomos a simpons gap ao final do dia, um sitio com um riacho onde esperavamos ver wallabies mas acabámos por gelar depois do pôr-do-sol sem ver nada. No dia seguinte foi dia de regresso, mas deu ainda tempo para........ mais umas rochas isso mesmo! Fomos ver o Stanley Chasm, uma garganta também com um riacho. Quando lá chegámos, a tabuleta do trekking anunciava um trilho fácil. Mas parece-me que os senhores que fazem estaclassificação têm uma opinião muito optimista do nível médio de fitness dos australianos porque o trilho ´não era nada fácil fácil. Um velhote, ludibriado pela plaquinha, aventurou-se no trilho, de bengala e tudo, para depois desistir, após as multiplas travessias de riachos e exercícios de equilibrismo. Nessa tarde voltei a Sydney e à vida de estudante-de-mestrado-numa-àrea-da-qual-não-percebe-nada.


O uluru
As Olgas
As Olgas
Kings Canyon



Simpsons Gap

Stanley Chasm
 
On the road

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

E assim de repente já passou um mês

Pois é, fez ontem, dia 12 um mês que cheguei a Sydney. Seria de esperar que fosse um mês cheio de histórias para contar, fait divers engraçados e curiosidades sobre a Austrália.... mas afinal não. A verdade é que o meu tempo parece ser ocupado a tratar de coisas (ir à embaixada, pagar a renda, arranjar uma prancha) do que prorpriamente a gozar a cidade. Além do mais, como os transportes são um luxo dos residentes suburbanos (são tão caros que mais vale andar a pé) acabo por fazer autênticas maratonas de bicicleta à volta da cidade, o que é muito giro (weee) mas que demora o seu tempo.

Já fizemos uns passeios engraçados, entre os quais uma ida à Cockatoo Island onde estava a acontecer a bienal de arte de Sydney e às Blue Mountains com o pessoal aqui de casa. A ida as Blue Mountains incluiu um trekking de 5 horas pelos trilhos das montanhas, com imensas cataratas, precipícios de cortar a respiração e uma floresta tão densa que à uma da tarde parecia que ia anoitecer a qualquer momento. (as fotos virão a seu tempo, há que manter o suspense!)

Entretanto tenho feito jantaradas aqui com o pessoal de casa, a ver: o Demir, o Turco, chef de cozinha que já pusemos a trabalhar para nós; Joel, o Australiano, chef também mas que se recusa a cozinhar; Diogo, a.k.a. Wolf (god knows why), Brasileiro que é o handy man cá de casa, arranja tudo, inclusive já reparou uma parede; Jonathan, o Neo-Zelandês, que é o alien cá de casa, vai pairando por aqui; Monica, a Italiana, que estuda qualquer coisa a ver com estudos aborígenes e cujo inglês é uma mistura de palavras em italiano, muitos "I don't know how to say it in English", e alguma mímica; e a Marie, que faz parte da tropa francesa que invadiu o quarteirão. Entre as 3 casas devem habitar uns 10 franceses, o que muito menos que melhorar o meu francês, só me faz detestar ainda mais a língua.

Mas é uma animação, especialmente agora que na nossa casa temos um aquecedor, o que faz com que toda a gente se venha refugiar do frio imenso na nossa sala que se tornou o centro da casa dos Abercrombians (sim, temos um nome, temos um logótipo, parecemos uma tribo....). Este sábado vai haver festa cá em casa, no nosso pátio de recreio, depois conto como foi. É isto que vai custar deixar para trás para ir viver para Bondi....

Entretanto as aulas arrancam à séria para a semana, por isso vai ser complicado ir mantendo isto actualizado.

(Continuo à espera de fotos do jantar de despedida....)

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Porque é que este blog vai andar tão desactualizado que vai meter pena

Então é assim: são 4 cadeiras, com aulas diarias das 10 as 4 da tarde exceptuando à Sexta. Mesmo à Sexta de mes a mes temos um skill seminar com um dos parceiros corporativos da faculdade, entre eles a L'Oreal e a KPMG. Além disso, todas as semanas em cada cadeira temos trabalhos para fazer ou pelo menos algumas leituras. E depois ainda há o projecto de inovação com a Delloite que vamos estar a desenvolver durante todo o semestre. Portanto:

- trabalho: esquece
- surf: só aos fins de semana.

A parte boa? Enchi-me de orgulho quando percebi que eramos uma turma de.....25, de mais de mil candidatos. How great is that? E é bom sermos uma turma pequena, embora os alunos do CEMS que chegaram aumentem o numero consideravelmente. Entre esses alunos veio uma portuguesa, a Rita, mais uma para se juntar ao já grande clã. Ficam por um semestre e depois regressam a casa.

A minha turma é praticamente só alunos internacionais, temos apenas 3 australianos. Da Itália à Colômbia, da China à Noruega, há um pouco de tudo. Têm em comum um inglês perfeito e uma enorme inteligência como já deu para perceber. É engraçado, nunca me senti rodeada por tanta gente bem mais croma que eu... Vai ser um enorme desafio manter-me ao mesmo nível que a maioria deles.

Esta ultima semana de férias estou a ver se consigo combinar com o pessoal irmos a Hunter Valley, um sitio de vinhas e de chocolate onde aparentemente se faz uns passeios gastronómicos e é muito bonito. A partir de dia 16 a coisa vai ficar muito complicada....

Entretanto continuo a passear alegremente na minha bike. Neste momento já devo ter umas pernas de ferro porque isto não é assim tão plano como seria de imaginar e a minha bike é social não foi feita estas coisas do downhill. Especialmente com o cestinho a abarrotar de sacos de compras, eu com o meu capacete que mais parece que vou andar de skate, a semear latas de atum pelo caminho inteiro...

Entretanto já aprendi umas quantas palavras do slang australiano:

- drongo: significa estupido
- don't pee in my pocket and tell me it's rainning: acho que esta se explica sozinha.

Já fizemos mais uns passeios turísticos, no proximo post mostro tudo!

terça-feira, 27 de julho de 2010

Desta coisa da emigração

Diz o ditado inglês: Third time is the charm. Para mim, esta segunda emigração não sei se é de vez mas que tem um peso muito maior que a primeira, isso tem. Não sei se é por ser um ano, se é por ser para mais longe, desta vez as despedidas custaram mais e a sensação de que tomei um passo verdadeiramente importante assentou assim que pus o pé no aeroporto.

Esta coisa da emigração e de nos mudarmos para uma cidade nova tem muito que se lhe diga. Voltar a fazer do mapa o nosso melhor amigo, redescobrir os supermercados e onde se arranja a melhor fruta, onde se compra o pão ou que marca de iogurtes é melhor. Voltar a comprar as roupas de cama, desta vez num país que, embora menos foleiro que a China, nutre um igual gosto pelas fibras sintéticas. Sem saber (sim porque estanhamente comprar lençóis não é de todo a minha especialidade) comprei uns lencóis que imediatamente me fascinaram por serem brancos (sim, sim, estava traumatizada com os lençóis chineses), mas que depois de dormir neles, percebi que algo estava errado. Então ao que parece, a menina aqui, que está habituada a dormir em lençóis do mais imaculado algodão, comprou lençóis de polyester e algodão, que fazem um atrito contra a pele que é um mimo. Depois de perceber o erro, fui procurar lençóis de algodão e apercebi-me que são uma raridade....pois bem, os que encontrei são cor-de-vinho. Lá se vai o upgrade dos lençóis chineses.

Depois de 40 viagens ao supermercado para comprar as coisinhas todas, lá consegui fazer sopa na nossa pequena cozinha partilhada por 7 (estas conquistas domésticas deixam-me realmente feliz). Comprei uma bicicleta, em segunda mão no site mais espectacular à face do planeta: o gumtree, um site de vendas, tipo amazon, mas só para sydney. De emprego a chinelos, de quartos para alugar a pranchas de surf, tudo se encontra por lá. O que quer que procuras em Sydney, o Deus do Gumtree possui.

Resta agora encontrar um emprego. Já fui fazer o meu RSA (Responsible Service of Alcohol), necessário para trabalhar em qualquer local onde sirvam alcool. Amanhã vou fazer um curso de Barista (aquela coisa gira de fazer lattes e cappucinos e machiatos, e essas manias todas que os Australianos e Americanos têm com o café - mais valia conseguirem tirar um expresso de jeito, que não conseguem). Acho que vai ser muito enriquecedor, especialmente a parte de aprender a fazer desenhinhos nos lattes - para depois ver um Australiano obeso a emborcar aquilo de um trago.

Por agora é tudo. A ver se este domingo vou a Bondi fazer uma aulinha de surf que ainda não comprei a prancha (embora o Deus do Gumtree já me tenha mostrado umas boas opções).

Ficam umas fotos dos primeiros passeios turísticos por Sydney.

Livraria em Newtown
The aroma festival - festival de café, chocolate e chá
Aroma festival

Bondi (ou porque é que eu estou disposta a demorar 30min a chegar a faculdade todos os dias)


Este dia faculoso, em pleno inverno australiano... dá vontade de ficar por lá e não sair mais. Comecei logo a relativizar: afinal o que é que são 30 minutos de autocarro? Em troca desta luz, deste mar e da possibilidade de surfar todos os dias (sim porque já cheguei há mais de duas semanas e ainda não surfei uma única vez....) Estou completamente dividida. Por agora fico no centro, daqui a uns meses...quem sabe?


Fotos da autoria da Teresa