Ontem fomos ver as comemorações do ano novo na praça do Leal Senado, que é a praça principal aqui de Macau. Numa das pontas da praça montaram um palco no qual houve actuações de taichi, artes marciais e a dança do dragão. Não foi assim tão giro quanto eu esperava, a dança do dragão a certa altura são eles a abanar a cabeça do dragão ao som de uma música que mais repetitiva não podia ser e de vez em quando empoleiram-se uns em cima dos outros como se o dragão de levantasse. Como parte da simbologia do ano novo em todo o lado se vêm umas arvorezinhas de tangerinas pequeninas muito giras e que ainda por cima se comem e são excelentes!!
Depois à noite fomos a um espaço que é o Fisherman's Warf, uma espécie de centro comercial ao ar livre cujos temas são cidades do mundo, ou seja tem uma parte do egipto, outra de africa etc. Fomos lá para um dos nosso colegas beber uma bica, o que aqui só é possivel nos cafés portugueses, que ainda são alguns.
Antes de ontem fomos ver as ruínas de são paulo que basicamente são uma fachada da outrora igreja de são paulo que ardeu, foi abaixo num tremor de terra, e então à terceira desistiram e deixaram só a fachada. Agora pela altura do novo ano os chineses mandam moedas para tudo o que é símbolo religioso mesmo que não seja da religião deles e a as ruínas não são excepção. Por esta altura também se fartam de rebentar panchões para afugentar os espíritos e começarem o novo ano cheios de prosperidade (e depois enfiarem-se no casino a dar cabo dela). Por isso mesmo dormir antes da 1h da manhã é impossivel e nós por muito estranho que pareça ainda acusamos jet lag, pelo que dormimos sem qualquer problema 10 a 12 horas por dia.
Também fomos passear por ruas menos turísticas de macau, onde existem bancas a vender coisas de formas e cheiros esquisitos que depois de muita observação começam a parecer peixes secos, camarões secos e outras coisas secas que não sei mesmo o que são. Também vendem muito uma espécie de chouriço espalmado em placas que os vendedores oferecem na rua cortando um pedaço com uma tesoura e que é muito apreciado. O aspecto não é mau de todo, mas de novo o cheiro acaba com qualquer vontade para grandes aventuras gastronómicas.
Uma destas noites fomos a um bar onde estivemos a aprender um jogo muito típico, que é o jogo dos dados, um entre os milhares de jogos de que os chineses jogam. Eles gostam tanto de jogo que basta haver uma raspadinha no supermercado para sortear qualquer coisa (o objecto não é de todo relevante) que lá estão eles a empilharem-se para comprar a raspadinha. No jogo dos dados basicamente uma pessoa aposta combinações de números iguais e está sempre a subir a aposta. O que tem piada é que eles apostam com gestos por causa do barulho e então foi a parte gira aprender os gestos, o que muitas vezes acabou em desgraça.
Tal como é giro aprender cantonense: o risco é enorme, porque tendo 9 tons basta uma pequena variação no tom (na maior parte das vezes totalmente imperceptível aos nossos ouvidos) e uma pessoa está logo a dizer um palavrão. Alguns numeros tipo o 9 e outros numeros são palavrões no tom errado....escusado será dizer que já devo ter insultado metade dos taxistas em Macau. Eu bem os cumprimento em cantonense (nei ho) e dou indicações para a esquerda e direita (chaupin e yaupin), desejo bom ano e digo obrigada (mu koi sai), mas eles não me ligam nenhuma.....
A procura de casa está quase concluida, vamos fazer a segunda visita à casa e devemos mudar-nos amanhã.
Choi kin!! (adeus)
Ficam umas fotos de macau
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