terça-feira, 7 de abril de 2009

Sightseeing em Macau

Tenho aproveitado os fins de semana em que não há viagens planeadas para descobrir os recantos a Macau.

Existem imensos templos espalhados pela cidade, onde os residentes fazem as suas oferendas aos deuses, rezam, e encomendam felicidade e prosperidade, pagando com incensos gigantescos, que na maior parte das vezes infestam os templos de um cheiro quase insuportável. O principal templo em Macau é o templo de A-Ma que fica perto do mar.

E agora um bocadinho de história: Especula-se que o templo foi construído pelos pescadores chineses residentes de Macau no séc. XV, para homenagear e adorar a Deusa A-Má (Deusa do Céu), chamada também de Tin Hau, Mazu ou Matsu. Esta divindade taoísta é muito venerada em todo o Sul da China e em várias partes do Sudeste Asiático e é considerada como a protectora dos pescadores e marinheiros. Crê-se que os portugueses desembarcaram pela primeira vez em Macau, possivelmente no ano de 1554 ou 1557, precisamente à entrada do Porto Interior, também chamada pelos pescadores chineses de "Baía de A-Má". Segundo as lendas do séc. XVI, o nome da Cidade deriva precisamente da palavra em cantonense"A-Má-Gau", que significa literalmente Baía de A-Má.

O templo é uma confusão de incensos, panchões inteiros, restos de panchões rebentados, oferendas, mais incensos, velas, estátuas e figuras, mais incensos. Outro templo que já visitei, o Kun Iam Tong é sensivelmente a mesma coisa, o que acaba por tornar os templos como as vacas nos Açores (apesar de eu nunca ter estado nos Açores): é muito giro ver a primeira, a segunda tem piada e à terceira já não queremos ver mais vacas à frente. E em Macau há imensos pequenos templos espalhados pela cidade. Para ser justa perante a liberdade de cultos que aqui se vive também não faltam igrejas. Mas dessas também já vi muitas.


Este é o jardim que se encontra por detrás da praça do Tap Seac. Apesar de estar bastante destruído (o está lago praticamente vazio) é ainda assim muito engraçado. As curvas e contracurvas da ponte servem aparentemente para desviar os maus espíritos que não devem ter muita agilidade na perseguição.

Ao pé das ruínas de São Paulo, temos a fortaleza do monte e o museu de macau, que também ja visitei em duas ocasiões diferentes. O museu de macau é muito interessante e nada aborrecido, com imensas maquetes e expositores interactivos para por exemplo ficarmos a conhecer o ritual de casamento macaense (muito complexo, pesquisem). A vista de cima da fortaleza é impressionante: temos diante de nós todos os contrastes de macau: o bairro de lata e o casino, os predios chineses, os prédios ocidentais, o tradicional e o moderno.
O museu de macau
A vista do topo da fortaleza

Na ilha da taipa fui às casas-museu, que so visitei por fora mas que ainda assim valeu a pena. A vista é engraçada e as casas têm um aspecto colonial que caberia perfeitamente no livro Equador (apesar de ser noutro continente), no meio das tardes de calor infestadas de mosquistos, onde o ar não circula e a húmidade quente acarinha a inércia.
Nas casas museu

Coloane é dos lugares mais bonitos de Macau. A uns meros 15 minutos do centro, parece que entramos noutra dimensão. Ali, o brilho dos casinos não tem lugar, e a vila vai permanecendo longe da especulação imobiliária conservando ainda um carisma de vila de pescadores. Existem, claro, mansões luxuosas e barcos e carros grandes, mas as zonas verdes ainda são vastas e a calma impera, o que alivia da confusão cosmopolita de Macau. Fui visitar os estaleiros navais, meio ao abandono, e uma esplanada de um restaurante italiano.
A vila de coloane
Os estaleiros navais

As futuras incursões pelas atracções de Macau deverão incluir o farol da guia, mais umas igrejas e outros tesouros. I'll keep you posted

5 comentários:

  1. Catarina Bandeira, é impressão minha ou estas muito mais magra?
    Toca a comer, que se chegas ainda mais magra não falo mais contigo.

    Beijo

    Ritinha

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  2. Yes Keep us Posted!
    Missing U too.
    Depois tenho de mostrar as fotos da Jordânia e Jerusalém. Tb completamente diferente...
    BJ Joana B

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  3. Miuda, tás amarela!!! Tás a virar chinesa!
    E não quero ficar brasileiro tb!!!

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  4. prima, só para te dizer que estou a gostar muito do teu blog, para mim funciona quase como uma revisita ao nicho da minha adolescência...já que ainda não deu para regressar e matar saudades, é sempre bom fazer esta "viagem" contigo...
    tudo de bom, diverte-te e cuidate.
    bjs do
    primo Pedro Pacheco

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  5. Subscrevo ao que disse o primo pedro pacheco.
    O teu blog já me fez reviver histórias, sítios e cheiros que há muito me tinha esquecido.
    é curioso ver alguém descobrir e analisar uma cultura que para nós 'macaenses' sempre nos pareceu perfeitamente natural, e relembrar a mesma análise que fizemos ao chegar a portugal.

    continua a escrever, e certamente continuarás a ter companhia nesta viagem.

    maria

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