terça-feira, 1 de março de 2011

O Natal, o fim de ano, as férias (ou o que e que eu andei a fazer desde o último post)

Antes de mais vamos encarar a minha falta de posts como um sintoma de que andei muito ocupada a divertir-me à grande para escrever (na realidade foi um misto de preguiça e falta de tempo).
Depois de acabar as aulas e entrar nas grandes férias de verão achei que era boa ideia arranjar um trabalho para me ocupar nos intervalos de ir à praia e para juntar uns dólares para gastar a viajar, em gasolina e latas de atum. Vai daí começo a trabalhar num restaurante em Darling Harbour especializado em comida australiana: no fundo qualquer prato que inclua grandes quantidades de carne, muitas batatas fritas e molho BBQ.

Foram semanas passadas a aprender que ser empregada de mesa afinal não é assim tão fácil como parece: são os clientes impossíveis que queriam só um tomate na salada e a salada veio com dois, são as horas de pé a correr de um lado para o outro até ao ponto de pedir para ir ao WC só para me sentar uns minutos, são os erros constantes de alguém como eu que se achava mistake-proof. Mas tudo chegou ao fim comigo a contar os dias para viajar e a rechear a conta para umas férias que se previam nada baratas.

Lá pelo meio veio o Natal, que passou por mim sem dar muito por ele: estava calor, andava ocupada a potenciar o meu bronze e a trabalhar. Desejei Feliz Natal inúmeras vezes mas estranhei-o sempre; apreciei as decorações na rua mas tanto me fazia se eram renas ou palhaços; ofereci e recebi presentes mas nunca senti que era Natal. Fizemos uma jantarada lá em casa (à qual cheguei atrasada porque estava a trabalhar) que durou até as tantas: acho que no fundo estávamos todos a tentar calar com a loucura da festa as saudades da família e amigos.

Lá para o fim de Dezembro, como de costume, chegou o fim-de-ano e se me perguntarem daqui a uns anos como foi a minha passagem de ano em Sydney vou mentir e dizer que sim senhora, vi o fogo de artifício por cima da ponte e foi muito, muito lindo. Na realidade estava, claro, a trabalhar, e o único fogo de artificio que vi foi de esguelha entre os guarda-sóis do restaurante em Darling Harbour.

No dia 14 de Janeiro, depois de arrumar o meu quarto para o deixar de vez partimos para a nossa viagem: eu, o Miguel, a prima do Miguel e a Fanny. Durante um mês e meio vivi em três vans diferentes, com três grupos diferentes em três viagens com filosofias muito diferentes: na primeira bronzear, na segunda visitar, na terceira guiar (eu sei, até parece o eat pray love...). Algures na próxima semana começo a relatar a aventura, com a ajuda do nosso diário de bordo que fomos mantendo durante a viagem e devidamente acompanhado das fotos.

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